Tratado da alma desnuda

Regresso a esta nobre tendência
De perder-me a cada descoberta.
Estive certo por um tempo de muitas coisas
Todas no entanto não resistiram ao crivo do tempo.
De mim, sobrou-me pouco.
Começo a desconfiar daquela imagem no espelho.
A serenidade me parece exagerada.
De certo confesso, pequei.
E o pecado é a marca dágua da trajetória humana.
Entretanto tento limpar-me a cada hora
E a cada minuto me sou menos gente.
Luto, bato, grito, "SEJA" grito ao eco da minha mente.
Não adianta, do corpo pra dentro sou esse inútil animal transparente.
Do corpo pra fora uma melodia muda
De hoje em diante sou pra minha sorte
Uma alma desnuda com medo da morte.

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte