Soneto do medo da amada

Tão nus teus olhos desprotegidos
tão semelhantes com o infinito
tão perfeitos bem mais que bonitos
que de olhá-los me sinto agredido

Tão cegos meus olhos vendo os teus
tão calmos teus passos vindo até mim
tão gato prum rato, alemão prum judeu
teu medo me guia do princípio ao fim

Tão errado como ver em teus olhos côncavo e convexo
meu olhar refletido meio opaco, já sem cor indo embora
e de tão tudo fosse embora, tu com a metade e eu com o resto

e meu relógio parou desde então,não se contam as horas
pois partisse levando de mim meu espelho
Que ainda vê foscamente tua boca que sem dó me devora.

pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte