lagrimas de sol

Como é amar ate mesmo no fim

Pensar que jamais vai acabar

Ele coitado julgado invejado

Pobre coitado rico coitado

Chorou pela ultima vez sem chorar

Vitima da sua própria aquisição

Inveja do irmão

Na sua ultima festa a brincadeira se fez por matar

Tirar de alguém o que ela sempre gostou de amar

Jogado a uma caixa ele se fez navegar

Amado até o fim

Amado até o fim

Como pode se estragar tudo aquilo que se criou

Todo amor que sempre há

A morte não vence o amor

Como pode se estragar tudo aquilo que se criou

Todo amor que sempre há

A morte não vence o amor

Navegando junto ao mar

Com sua alma oceânica

Ele se permitiu vencer

Foi vencido pelo chamado que lhe fez mudar de mundo

A viúva desesperada e ainda apaixonada

Correu toda a extensão territorial

Pra provar que o amor não tem distancia

Não tem distancia

Juntou suas partes e se uniu a ele

Dando vida a aquele que se foi

Voltou do mundo pra amar de novo

Mas não é assim não dava pra ficar

Esse não é seu lugar

Pro céu voltou e se lembrou de como é amar

De como é amar

Lembrou-se de amar

Chorou limpou sua alma

Prometeu ajudar

Todos aqueles que sofreram como ele havia

Sofrido também roubaram dele

A arte de amar

A grande arte de amar se faz quando mesmo no silencio

Fazem-se declarações de amor no silencio de um olhar

E se aprende sem errar como é amar

$$$$= vida vazia

No caminho pra casa o poeta dormiu

Andava triste e cabisbaixo

Pensando: em nada me encaixo

Falava de coisas que nunca sentiu

E pedia desculpas aos céus por ser um poeta e não saber amar

E pedia desculpas aos céus por ser poeta e não saber sonhar

Até que ali adormeceu

Sonhou com a mentira e a verdade

O amor e a lealdade

Coisas que nunca viveu

O amor disse a lealdade

Que a melhor dor é a saudade

É aquela que dói despercebida

A lealdade retrucou:

Sou fiel ao coração

E te digo que não há

Dor maior que a solidão

A mentira foi brincando

Dizendo pra se acalmarem

Quando alguém está amando

Ela sempre vai além

A verdade escondida

Com aparência meio tímida

Esclareceu pra todo mundo

Que amor só é profundo

Quando dói no coração

E tratou de deixar claro

Que amor é brilho raro

E combate a solidão

E o poeta acordando

Levantou-se e foi andando

Escrever em seu caderno

Seu primeiro verso sincero

Com lápis e papel na mão:

Entoou essa canção

A canção do coração

O homem que chora é o homem que ama

O homem que chora é o homem que ama

Saudade é a dor que dói despercebida

Que dói enquanto há vida

Longe do amor

Contaram-me que a solidão só passa

Por quem o coração devassa

Como quem despedaça uma flor

Contaram-me que o amor é a semente

Que já nasce na gente

Só esperando germinar

E contaram que se a semente não cresce

É porque a gente esquece o quão fácil é amar

E deitado em minha cama fico a pensar

Que se todos os amantes tivessem uma canção pra entoar

Os poetas não teriam emprego

Pois são os que têm mais medo de se apaixonar

E se a lua cantasse comigo

Estaríamos todos em perigo

Por que ela ensinaria

O que não se aprende na escola

O amor é o dia-a-dia

É o único pássaro que não decola

retrato de uma sociedade individualista

Mais uma poesia sem nome

Mais um choro chorado

A ultima lembrança da sorte

Um pouco de chuva no gramado

Os ventos que uivam e mostram caminhos

As mortes dos que estavam sozinhos

Um pouco de flor ao cemitério

Um pouco de brilho ao adultério

Do lado de lá uma estrela cadente

Do lado de cá um sonho decadente

Azul celeste celestial

A besta e o bestial

O peregrino e o marginal

Um monge que mata crianças

Um presidente com intolerância

E tudo é sempre igual

Os sonhos são azuis

Azul da cor da água da privada

Que é onde deveriam estar todos que são iguais ao nada

Azul da cor do mar

Azul, insular

E de todos os palpites somente um não posso errar

E de todas as lembranças que não vão me devorar

Aprendi a errar

Do mesmo jeito que o poeta é morto por cada palavra

E morrem mil, duas mil, seis mil vezes com punhaladas

Morremos todos um pouco

Ao cansarmos do mundo e deitarmos em um travesseiro

Onde vivemos numa noite um ano inteiro

herdeiro da sina pop

matar é pop morrer é pop

ouvir o som que vem da favela tambem é pop
rock in roll virou pop
chorar virou pop
a carruagem dos revoltantes é puchada a reboque
reboque é pop
até o papa é pop
se a vida é pop a morte é revoltante
masda revolta nao se perde um instante
entao tudo é pop
o amor é pop
a lua é pop
os poetas sao pop
a doce ilusao de romeu e julieta
hitler e sua escopeta
certeira contra o resto do mundo
ser pop é ser moribundo
igual a todo mundo
ter a alma domada
ter a vida cantada
sua ideias ecoadas
mas todos somos pop
a vida é pop
salve o pop
herdeiros da pampa pop
se um dia eu tivesse em maos o poder de criar
seria morrer ou matar
a morte é pop
o mundo é pop

desabafo de um brasilino

e o povo da cidade em sua perfeita crueldade ignorava o bandidinho

era um ex prisioneiro mas nao mais derradeiro ficou preso um ano inteiro
condenado justamente por roubar agua da mente de um salivador
e a cidade a cantar apedrejava a coitadinho: se ferrou! se ferrou!
entao o pobre coitado
com um tiro de espingarda matou o senhor prefeito
e depois saiu fugindo, acabou de cometer um chamado crime perfeito
era o principal suspeito de um crime sem suspeitos, por roubar agua do salivador
tinha ficha criminal e a policia o pegou
chora país que deixa
acusarem pessoas injustamente
chora país que deixa
matarem injustamente
chora país que deixa porcos no comando
chora país que deixa
continuarem errando
ah quer saber? cansei de horar
o melhor é dormir e tentar rezar
pra ver se essa p.... um dia vai mudar!

o maior poema do mundo!

a vida

genio e jumento!

paradoxal inversao transversal

que chamam de polpa do algoz fatal
que transcende a episcopeia global
e modifica a alma do genero animal
quantico raio saltimbante
moribundo no alto falante
envergado perplexo com o véu errante
daquela que ousa ousar contra a corte
ofegar transparente do enigma titumbeante
o hit da beata alegre e saltitante
parafraseando a estoria gritante
do pendulo e a cruz dos analfabetos
meus erros ortograficos prediletos
sao guizas marinhas de dois sóis amarelos
junto com dois futebois de chinelo
eu espero
espero que eu possa crascer e aparecer
como fazem os energumenos que querem ser
algozes do lixao
e por trampear a minha arma eu vos declaro marido e mulher
vou tomar sopa sem colher
e fingir que sou rei comendo arroz e feijao
fotografar-me-ei com tinta em preto e branco
e molharei meu cabelo em ketchup
importando a cabeça animal
com dez por cento da capacidade cerebral
serei só eu no final
paradoxalmente igual
com linhas perpendiculares e bolinhas vermelhas no final
pra mostrar que genio e jumento é gente igual

sobre o brasil

faz de conta que eu era um poeta e sabia escrever

faz de conta que eu era um brasil lugar bom de se viver
faz de conta que eu contava piadas pra te fazer rir
mas realmente a maior piada está aqui
é gente que rouba, é gente que mata
é gente que cuida, é gente que cria
é gente que nao ata nem desata
é gente que vive em ironia
um b rasil pra quem vê, outro pra quem vive
um brasil pra quem ama, outro pra quem chora
um brasil pra gritar, pra calar a boca
um brasil que tem grana outro que nao tem roupa
vou andar pelado que nem macaco
que é o que acham que nós somos
"nois fala errado" por que nao tem escola
"nois semo assim porque nao tem volta"
olhe em volta, e veja a favela
reze uma missa acenda uma vela
que o nosso país precisa dela
um brasil pra lá e outro pra cá
uma gangorra que reza pra isso melhorar!

ouvi dizer que é amor!

ouvi dizer, quis comprovar
sorriso assim, nao hei de encontrar
tive que ouvir, nao pude escutar
se o amor cura, quem sabe nao pode matar
morrer de amor!
lutar em vao
apagar a magoa
do meu coraçao
se eles sao quem dizem que sao
eu sou seu amor
pois pra se ter coraçao
ha de se sentir dor
ouvi dizer, quis comprovar
nao pude dizer, tampouco falar
que entre outras coisas, eu amo te amar

Seu dinheiro não vale

Subjugue seus filhos

Mate-os em uma mina de carvão

Quanto dinheiro ganhará

Vendendo-os com preço de liquidação

Seu dinheiro não vale

A sua alma vendida

Seu dinheiro não vale

O diabo te ter nas mãos

Seu dinheiro não vale

Continuar nessa situação

E depois tudo volta

Seus braços cobertos de acido sulfúrico

Em meio a gritos liberais

Tudo é tão normal

Quando você não agüenta mais

O marasmo e o caos

O marasmo e o caos

Subjugue seus filhos

Venda-os em nome da paz

Subjugue seus filhos

Mate-os em uma mina de carvão

Explore seu sangue

Explore seu sangue

Venda-o em uma banca de jornal

Seu dinheiro não vale

A sua alma vendida

Seu dinheiro não vale

Pois não compra uma vida

Seu dinheiro não vale

O diabo te ter nas mãos

Seu dinheiro não vale

Continuar nessa situaçao


 

e o pivete que hoje chora em folhabranca de papel

olhou pro alto e desenhou uma linha reta
pra poder escrever, pra aprender a desenhar
ele queria poder falar, poder se expresar
se hoje pudesse escolher
o que queria ser quando crescer
seria uma carta ou talvez um bilhete
se hoje pudesse escolher o que queria ser
seria uma carta ou bilhete.. sei la qualquer coisa que dê pra escrever
e ele chorava pingos de is
e ele gritava as exclamaçoes
era moleque travesso com letra ao avesso fazia declaraçoes
e o pivete era esperto
nao precisava de escola
mas nao andava com os amigos
que cansados do mundo cheiravam cola
e ele era esperto
sabia pra onde ir
corria os campos sozinho
com letra manchada pra se divertir
ele era uma criança
e só queria sonhar
mas com seus sonhos privados
sem alternativa preferiu nao tentar
e se hoje perguntam a ele:
o que vai ser quando crescer?
ele te responde sincero
seria um bilhete... algo que dê pra escrever
e levaria ao presidente
uma mensagem da gente que só faz sofrer

pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte