retrato de uma sociedade individualista

Mais uma poesia sem nome

Mais um choro chorado

A ultima lembrança da sorte

Um pouco de chuva no gramado

Os ventos que uivam e mostram caminhos

As mortes dos que estavam sozinhos

Um pouco de flor ao cemitério

Um pouco de brilho ao adultério

Do lado de lá uma estrela cadente

Do lado de cá um sonho decadente

Azul celeste celestial

A besta e o bestial

O peregrino e o marginal

Um monge que mata crianças

Um presidente com intolerância

E tudo é sempre igual

Os sonhos são azuis

Azul da cor da água da privada

Que é onde deveriam estar todos que são iguais ao nada

Azul da cor do mar

Azul, insular

E de todos os palpites somente um não posso errar

E de todas as lembranças que não vão me devorar

Aprendi a errar

Do mesmo jeito que o poeta é morto por cada palavra

E morrem mil, duas mil, seis mil vezes com punhaladas

Morremos todos um pouco

Ao cansarmos do mundo e deitarmos em um travesseiro

Onde vivemos numa noite um ano inteiro

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte