Mais uma poesia sem nome
Mais um choro chorado
A ultima lembrança da sorte
Um pouco de chuva no gramado
Os ventos que uivam e mostram caminhos
As mortes dos que estavam sozinhos
Um pouco de flor ao cemitério
Um pouco de brilho ao adultério
Do lado de lá uma estrela cadente
Do lado de cá um sonho decadente
Azul celeste celestial
A besta e o bestial
O peregrino e o marginal
Um monge que mata crianças
Um presidente com intolerância
E tudo é sempre igual
Os sonhos são azuis
Azul da cor da água da privada
Que é onde deveriam estar todos que são iguais ao nada
Azul da cor do mar
Azul, insular
E de todos os palpites somente um não posso errar
E de todas as lembranças que não vão me devorar
Aprendi a errar
Do mesmo jeito que o poeta é morto por cada palavra
E morrem mil, duas mil, seis mil vezes com punhaladas
Morremos todos um pouco
Ao cansarmos do mundo e deitarmos em um travesseiro
Onde vivemos numa noite um ano inteiro
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