Obsessão!


vamos esperar de mãos dadas
a chuva passar

vamos torrar no asfalto
onde se perde o mundo
tal qual nós conhecemos
vamos caminhar na praia
rezar, cantar uma canção pra afastar nossos problemas
vamos todos juntos,
inventar nossa própria religião
brincar de adão no país das maravilhas

somos uma grande familia
perdida entre o escuro e a própria ironia

vamos brincar de falar a verdade
fazer a coisa certa, etcetera e tal
vamos criar a nossa própria arte
colírios siderais, jabuticabas armadas
talvez os errados sejamos nós
que gostamos de viver reservados
talvez os errados sejam nós
que não temos medo de escolher nosso lado

eu sei que vou continuar errando
até aprender a aceitar
que eu pra sempre vou continuar errando
até eu cansar de errar

e a vida vai me ensinando
como é bom amar
e sol já vai se pondo
deixa a alegria pra lá


Marco Van Basten spelen bal in de straat terwijl bestrating schrijven kunst!


só um pedaço de asfalto

jogado às custas do governo
a teoria antropocêntrica...
não vai me mudar
eu sou um tiro na virilha
uma guerra de ornitorrincos
selvagem veloz e vulgar
diga o que você acha
de se perder todo dia
esquecer seus próprios sonhos
não entender suas ironias

somos todos um pedaço de nós
no escuro... uma árvore da vida
perdida no absurdo
e Marco Van Basten... jogando bola na rua!

meus pequenos pedaço de papel
valem mais que sua religião
são vegetais armados, lutadores de sumô
verdades não ditas, sonhos sem amor!

somos todos um pedaço de nós
no escuro... uma árvore da vida
perdida no absurdo
e Marco Van Basten... jogando bola na rua!

exército vermelho, separação nacionalista
gírias de asfalto, vizinhos impregnados
sirenes azuis, pessoas em formato de moeda!
enquanto isso em outro lado do mundo
Marco Van Basten joga bola na rua!







Frases tristonhas da noite


pairava ao ar...
como momento
trajetória simples
retilínia, seu batom
arduado em curvas
artisticamente formadas
ecoando ao som
das batidas do brinde
em sua taça de vinho
encobria-se em sonhos
vermelhos...
labirinto profundo
seu olhar...
pela primeira vez
me droguei
em sua saliva
viciei em seu tato
usando da fé
ao paladar
em em invernos fostes
minha segunda pele
agarrava-me a ti
como um casaco
e te usava feito
pedaços de tecido
jogamos fora teorias
palavras, conversas
frases loucas
apaixonadas
queimavamos
a santidade da familia
chorávamos juntos
me sujava com seu
unicolor batom
enquanto que a mim
restava um cigarro
e uma partida de futebol
eu já era trapo
seus gemidos
embaraçavam seus cabelos
seu vestido decotado
seu cheiro de uvas silvestres
nossa cena
fingida de amor
transgredida na falta de pudor
e depois... logo de manhã
foste embora sem deixar
seu nome
só imagem em mim
e meu desejo animal
ainda aflorando na pele

Tango,società moderna


tango, vermelho vestido que cobre seus seios

duros e firmes em volta da seda
provocantes coxas em cetim
a mão que acaricia sua pele
num toque de mágica seduz seu desejo
e a tua sombra descreve tua silhueta
umedecida pela libido do roçar de nossas pernas
seu joelho em minha virilha
meu joelho em suas pernas
seu salto ecoa sensualidade
seu suor me liberta de mim
a mão tocando seus seios
provocando encontrar meu olhar
meus olhos, teus olhos
choque entre nós
minha boca na tua boca de açaí
o gosto do vinho transpira de sua pele
seus seios parecem saltar ao decote do vestido
que a essa altura transparece sexo
minha mão toca a sua virilha
e a mesma se torna umida, e quente
suas roupas já inexistem em minha mente
e acaricio por debaixo do seu vestido
beijo seu pescoço, e minha boca
como um condor a repousar
repousa em seus seios
e os enrigece
seus pequenos gemidos
ecoam em minha cabeça
transformando meu desejo em prazer
e ao som do tango
somos harmonia, melodia e cores
sinto suas pernas tremerem
dispo seu vestido por trás
deixando suas costas nuas
e você dança
alucinadoramente
atacando cada fibra do meu corpo
já nua de salto, como atena em forma humana
uma ninfa, valquíria feiticeira
toca meu corpo, me transformando em fera
e quando te beijo me perco de mim
só sinto sua pele encostando na minha
e um calor profundo toma meu corpo
você grita
como um animal no cio
e remexe em mim
como se fosse a ultima vez
ao mesmo tempo em que delira
como se fosse a primeira
e vira os olhos sem conseguir mais falar
somente me olha e ri
grita de novo, como uma ave na manhã
e passamos a noite como dois animais
e tudo para ao nosso redor
eu sinto o gosto da tua pele
a textura dos seus seios
o volume de suas coxas
a sensibilidade de sua nuca
o pudor do seu cabelo
e você me lambe
feito uma despudorada
me fazendo transbordar de prazer
o sol raia
o tango para
e nós dois suados
você grita pela ultima vez
eu me perco em cansaço
e consumamos o ato
você já não grita
não tem mais voz
somente me abraça
ah, tango
flores, vinho
carpete vermelho


niebieski pokoju, który wyglądał jak myślę


se me permite... hoje eu quero me afogar nos seus cabelos

sentir na pele a dor causada pelo belo
eu sou um espelho quebrado tocado por desejo
um parasita imaginário a procura de um beijo
se me deixar... vou te ensinar um pouquinho de tudo que eu não sei
vamos traçar um paralelo entre o isqueiro e a cor azul
se puderes... gostaria de pedir o seu batom
pra riscar seu nome à luz de velas no meu chão
se me quiseres... sou seu aplauso de um teatro infinito
poesia grega palavras e granito... eu sou seu...
se me tocares... explodirei como uma gota de orvalho
serei o carvalho, a árvore e o som
eu sou capaz de certas coisas que eu nunca imaginei
um chão dobrado, um paranóico alucinado, um ligeiro drogado
o cão e a verdade...
se me falares... procurarei em teu pulso
a chave que liberta o prisioneiro de amanhã
se me ouvir... eu serei todo seu sonho
um mosquiteiro estrangeiro, um boneco de lata
seu pedaço de mar vermelho, serei a nata da sua flor
se me doares... em um espaço de tempo
em constante movimento
Newton, Darwin, Eistein... seja lá quem for
eu serei... sempre um pedaço de nada
uma carta embaralhada uma imagem atormentada
eu serei nós dois.

pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte