Você me recitava versos
me mostrava estrelas de dia
o brilho sempre tão raro dos teus dentes sorrindo
e eu sempre ocupado, sozinho em meus pensamentos
você me fazia juras, eternas com finais marcados
e eu te chamava de clichê meio blasé
você sempre demodé
me comprava flores
e me beijava com gosto de lícor de baunilha
e eu ocupado, lendo um livro, uma cartilha
tuas cartas com aroma de frutas
na porta da minha geladeira
ao lado de uma caixa de leite
e nenhuma fruta na fruteira
você chorava dormindo
fingindo estar feliz com tudo
mas eu sabia que só você era a dona
do meu teatro do absurdo
e foste emboro n'outro dia
dizendo que me amar foi um engano
mas eu estava ocupado
tentando bolar um jeito
de dizer te amo
Me perdoe
Postado por
farley ramos
terça-feira, 2 de agosto de 2011
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