Mariazinha

Deixa estar o céu e seu azul de par 

Com toda a sutileza da cor
Presentear o vento com o barulho
Mas não fui eu que fiz o mar
Eu não sou farol pra guiar
Deixa lá, olha quem vêm
Com toda a força de quem sabe o que quer
Não sabe que querer é a fraqueza da alma
E que ter é a certeza de perder
Mas quem sou eu pra culpar a perda 
Pela dor que ela causa?

Não seria mais fácil o mesmo céu azul
Anestesiar o vermelho do coração?
Pra que tanta cor se tudo é cinza sem ela?
Vê lá, é só a solidão me presenteando com carinho
E eu retribuo querendo um par

Deixe estar que a vida é só uma vela
E quem é que vai soprar
Se o nosso destino é maior
Quem é que vai viver de resto?
Melhor o acaso, que a sorte me convenha quando der
É só o que peço

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte