Testamento de um velho chato.

Compadeço-me do mundo ido...
Do vindouro tenho pena.
Da saudade tenho medo,da esperança rancor

Pois se guardo do mundo sequer a sombra
Até esta se fará ausente
Quando no seu vindouro tempo a luz se tornar ausente

Se procuro,porém amor...Esse nem a areia das ampulhetas
Nem toda a água das clepsidras
Contarão o seu tempo.O amor não tem medidas

Mas dele é que guardo mais ódio,minha querida
Posto que não se acaba, se carrega por toda a vida
É um fardo,quase.Um sacrifício
Amar é escolher o amor como ofício

E eis que o amor cultivado a vida inteira
Como o mais belo lírio ou o vinho mais nobre na videira
Mas, quando este é flor e por fim pode se mostrar
A vida infame trata de provar

Que tudo tem seu fim e nem mesmo o amor perdurará
É uma pena pros apaixonados, saber que sua maior obra
Ao longo do tempo, em pó descansará.
É que dessa vida, o trato é que nem o amor se pode levar.



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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte