Compadeço-me do mundo ido...
Do vindouro tenho pena.
Da saudade tenho medo,da esperança rancor
Pois se guardo do mundo sequer a sombra
Até esta se fará ausente
Quando no seu vindouro tempo a luz se tornar ausente
Se procuro,porém amor...Esse nem a areia das ampulhetas
Nem toda a água das clepsidras
Contarão o seu tempo.O amor não tem medidas
Mas dele é que guardo mais ódio,minha querida
Posto que não se acaba, se carrega por toda a vida
É um fardo,quase.Um sacrifício
Amar é escolher o amor como ofício
E eis que o amor cultivado a vida inteira
Como o mais belo lírio ou o vinho mais nobre na videira
Mas, quando este é flor e por fim pode se mostrar
A vida infame trata de provar
Que tudo tem seu fim e nem mesmo o amor perdurará
É uma pena pros apaixonados, saber que sua maior obra
Ao longo do tempo, em pó descansará.
É que dessa vida, o trato é que nem o amor se pode levar.
Testamento de um velho chato.
Postado por
farley ramos
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
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