Sobre o amor não há muito o que dizer
Além do sublime diálogo mudo das pupilas
Qualquer fala é mera vaidade do som.
O amor é um tempo verbal que não se conjuga
É estar amando no futuro
Um presente que passou
É molhar com fogo
Um rio que já se secou
É queimar com água
O fogo que se apagou
O amor é a inversão perfeita de valor
É a prova sacra de que a revelação do mundo
Parte do beijo.
É o abraço da virtude com a loucura
É o sentimento sem cura.
Amar é crer no amor, é ter fé na loucura
É incinerar no peito o mundo
Amar é a faísca que Deus nos deixa ter
Da fogueira da salvação.
Divina comédia.
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 9 de julho de 2015
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