É da lembrança que se faz o tempo
De tudo que passou e o que resta vir
E o agora é só mais um suspiro
Demarcando no chão o seu lugar.
Se viver não for a abreviação da ousadia humana
Não sei o que significa essa coisa estranha de fluir
Inventando palavras pra dizer o que ainda não se descobriu existir
E ver do telescópio que marte é muito longe e tão perto do peito
Há um coração que arde e uma pele tentando se descobrir.
Dou minha cara a tapa, a vida é o espetáculo do efêmero
É a fagulha se fazendo passar por fogaréu.
Não compactuo com isso, não serei o estetoscópio do infinito
Não exporei minhas entranhas ao mundo, prefiro a privacidade
Do meu eu interior.
Em mim vivo melhor que em outros cantos
Eis que aqui estou, salgando com choro o chão em que pisa meus pés
Levo no rosto apenas a luz refletida na pupila do sol que me guia e me cega
E o sentimento do mundo
Ai de quem ousar me parar
É da lembrança que se faz o tempo
E eu lembro...
Eu também estava lá
Estar
Postado por
farley ramos
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
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