Eu ouço o som da sua voz, meu anjo amigo
Eu entardeço no verão do seu olhar
Eu me esclareço nas versões do teu umbigo
Na tua saliva faço o sertão virar mar
Mordo com raiva a madrugada de domingo
Pois a segunda chega pra nos separar
Sussurro rios e flores no seu ouvido
Ouço trompetes cubanos pra te anunciar
Verdade dita é insolúvel seu rosto fino
Largo horizonte acompanha seu caminhar
És musa eterna deste seu pobre menino
Que cruza esquinas e ruas pra te acompanhar
Se chegas tarde já me mordo de ciúme
Do tempo que chegou primeiro pra te cortejar
Se vais por pouco já me morro de saudades
Meus olhos cegam de vontade de te olhar
Pois és a verdadeira musa de qualquer canção
E sol só raia com a luz curvada em sua direção
Não que tu não venhas cedo, te peço
Mas que tu não mais se vá , faz vista grossa pra vida e por favor fique
Se enrola em meus lençóis e nada mais
O resto é do mundo, ele que complique
Meus olhos regam o jardim do teu quintal.
Contemplação
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
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