A depender da lua toda estrela é secundária
O que nos norteia é o fogo que incendeia o céu
A claridade mata o escuro e a gente se vangloria da luz
Ao que depender do céu o mar é só um outro azul
No imenso azul do horizonte.
Se não houvessem estrelas, esses sonhos leves
Que vagam num espaço anacrônico
Flutuando inertes entre o tempo e o espaço
E tudo mais o que não nos interessa
O azul do céu e do mar
E o que nos importa é o que resta
Das parafernálias do destino, a ânsia da garota
E a timidez do menino, a gelidez do homem
E a transparência da mulher, o amor de quem ama
O desejo de quem quer, a idolatria do almejante
O medo de quem é, o silêncio sufocante, o que ouvir ninguém quer
O pulsar exuberante, o parar amedrontante, o pouco, o montante
O momento, o instante, as contradições que nos paralisam
São as que mantem vivas a vontade de andar...
Tem um barco vazio com nosso nome escrito
Esperando para flutuar num mar de incertezas
Tem um barco vazio com nosso nome escrito
Esperando para flutuar no horizonte
Tem um barco vazio com nosso nome escrito
Esperando pra se encher de dúvidas
E a gente sonhando em se aventurar no mar
Eu não sou de ferro e até o ferro pode enferrujar
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
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