Semeará teus olhos vãos então
Sob o vidro apático da contradição
Confissão da inveja do verão
Rendido refém do seu caminhar
Posto sobre os novos tons
Teus olhos de refrão, me refrescam
Começo, meio , fim e ponte
Linha do horizonte estreita na tua pupila perfeita
Que se endireita e desajeita por mero capricho do destino
Que dança como um menino seguindo o caminho
Que por puro respeito só existe se for do seu jeito
E o amanhã não será culpado
Quando a gente tiver assim preocupados
Cada um será herdeiro do destino que se tem cortejado
E o caminho apontará qualquer lado
Os deuses tramam calados
Te aconselho a escolher o melhor pecado
Somos nós sorrisos fartos, se esgueirando pelos lábios
Como frestas abertas esperando caminhos intercalados
Teus olhos de leão vão se satisfazer
Com a fome que me traz olhar você
E você não sabe? Que se aguça meu olfato quando és um fato
De tão perto do meu tato que eu já não me engano
E você não sabe? Melhor saber
Meus olhos de vilão vão sequestrar você
Quase por querer, sem nenhuma escolha por fazer
Melhor escolher
Endossa a liberdade ter teu corpo e minha vontade
Dividindo a mesma cama, selando as nossas contradições
Condições das confusões que quase como refrões se repetem
Porque todo disco tem dois lados
E as canções são nós dois em versos eternizados
E se o amanhã vai ser culpado
Que o presente não devolva o troco do passado
Pra que nossos corações continuem desavisados
De todos os nossos pecados.
O silêncio dos condenados
Postado por
farley ramos
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
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