Você ri de mim a noite inteira
Porque eu falo de amor e saudade
Enquanto você, deita e rola na cama
Faz o seu show, o seu drama
E me diz que amar é clichê
Que é como pedir pra sofrer
E que não compensa a dor...
Teu passa-tempo favorito é assistir eu me apaixonar
E quando o tédio bate forte em você me deixa prosseguir
Finge bem que se importa e quando te convém você até sabe me enganar
E eu acredito em você porque também não é tão ruim assim...
Na falta de algo melhor, eu me contento em ver seu riso forçado
Que você guarda entre os dois lábios que sussurram medo de solidão
Já que eu não posso escolher, aceito ser o curativo pro teu machucado
E pôr o dedo na ferida aberta do seu coração, por pura diversão...
Se me machuca não te importa se te dói não me incomoda
Não há muito o que fazer
Esses seus olhos que não choram teus ouvidos me ignoram
E eu faço o mesmo com você
Você se despede e vai, pra onde eu finjo não querer saber
Por dentro eu me corto então, eu me preocupo com você
Eu fico aqui tão só, o espelho é minha companhia
Me culpa, me morde, me fode, me esfrega na cara tudo que eu já sabia
A noite se vai sem saber, sem perceber, ela já se transforma em dia
Seu cheiro ficou aqui, grudado em mim, perto dessa parede fria
Brinca de se divertir, que eu vou arrancar de mim, cada pedaço teu
Difícil é distinguir e descobrir se aqui ainda tem algo meu
Você se despede sem ir de fato embora, só pra me deixar assim
Você ri de mim toda hora que eu ameaço te deixar,
Sua diversão favorita é me culpar
Apontar meus defeitos, roer meu peito, só pra se justificar
É o crime perfeito, esse seu jeito
Estranho de me amar
Como dois criminosos
Postado por
farley ramos
domingo, 7 de abril de 2013
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