Anuncio entre vitrais teus olhos
Me acostumo com os sinais perdidos
Entre estrelas e lençóis, a noite
Vem relembrar o que ficou distante
Eu que não me acostumei ao gosto
Ao sabor meio amargo do teu rosto
Me humilho pra jogar seu jogo
Me desmantelo por qualquer mais pouco
Troco farpas com você ,
Me acostumo devagar com suas manias
Suas besteiras desvendadas no mistério do edredom
Fico ouvindo escondido você errar o tom
Da canção que eu compus pra você
Quando a janela do terceiro andar abriu
A noite me parecia vaga
E o teu ombro tinha cara de lar
Onde eu quero dormir e acordar
Onde eu quero fazer minha rotina
Pra saciar minha retina
Que quase morre de vontade
De engolir seus olhos
De colar tua lingua na minha
De fazer poesia nua e crua
Que arrepia a alma e tira a calma
Quem descobriu seus olhos mentiu
Se chorou ou sorriu
É mais que qualquer reação
E eu que não pude dizer
Como pode tentar explicar
O que só se pode saber
Vivendo intensamente a sensação de te olhar
E eu me pergunto pra que será
Que alguém vai esvaziar todo o coração
Pra que será?
Qual é a graça de sorrir em vão?
Maria e os diamantes
Postado por
farley ramos
domingo, 7 de abril de 2013
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