Na careca de Drummond havia um pombo...

Senta Drummond e escuta calado
Ouve de uma vez o que falo
    O recado tá dado.
Não sou de esconder meu encanto
     No entanto o fim é inevitável
Pra toda poesia há um ponto final.
     Tenho apenas um coração cego
   E um verso mudo.

Longe de mim esse teu "sentimento do mundo"

O peso lhe cai sobre as costas
Drummond quem muito sente cedo ou tarde pela dor padece
  E vira nada mais que pó.
Alguns dirão olhando sua estatua
      "Olha só, que careca engraçado, será o Mario Quintana?"

E ouvirás do teu recanto a resposta "não, esse é José saramago"
Serás pra sempre um poeta Drummond, com o sentimento do mundo
E esse será o seu peso, o de ser poesia
Já eu serei mudo, longe de tudo ouvirei
           "havia uma pedra no meio do caminho"

                            Eu sei...

0 comentários:

Postar um comentário

pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte