Senta Drummond e escuta calado
Ouve de uma vez o que falo
O recado tá dado.
Não sou de esconder meu encanto
No entanto o fim é inevitável
Pra toda poesia há um ponto final.
Tenho apenas um coração cego
E um verso mudo.
Longe de mim esse teu "sentimento do mundo"
O peso lhe cai sobre as costas
Drummond quem muito sente cedo ou tarde pela dor padece
E vira nada mais que pó.
Alguns dirão olhando sua estatua
"Olha só, que careca engraçado, será o Mario Quintana?"
E ouvirás do teu recanto a resposta "não, esse é José saramago"
Serás pra sempre um poeta Drummond, com o sentimento do mundo
E esse será o seu peso, o de ser poesia
Já eu serei mudo, longe de tudo ouvirei
"havia uma pedra no meio do caminho"
Eu sei...
Na careca de Drummond havia um pombo...
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 13 de março de 2014
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