seus olhos-noite refugos de minha alma
seu sorriso-dia me alegra quando contente
seu movimento um desfile em pura calma
sua beleza, sutil quase inconsciente
bailas ao ar como quem paira beija-flor
e é da sacada o samba de rua ouvinte
e lá embaixo cantigas loucas de amor
e eu como um mendigo do seu amor pedinte
clamo as orquídeas que me escutem um momento
mas flores não falam, só calam e se fazem escutar
se flores cantassem inimaginavel sofrimento, o canto das orquídeas lhe pode causar
e em desaforo me perco na noite
da fotografia iluminada de você minha luz
o belo manto, poço negro de que me esquivo, é o mesmo que me seduz
seus olhos noite
Postado por
farley ramos
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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