Queima-me se achares mentira fingida em meu olhar
que te devora feito alma quando passas
jura-me de morte, se não for amor o meu amar
que fica mais forte a qualquer mero gesto que faças
decerto não duvide do fogo no chão
que alastra luz onde antes somente houvera noite
nem do chão a gozar queimando de sua solidão
que não passas nem quando queimas em seu açoite
coíba de mim esse fogo
que se alastra em meu chão tão solitário
pois sou só mais uma peça em um jogo
um amante sozinho é apenas um coringa do baralho
arde sim, não há como negar
o fogo traiçoeiro que se queima ao amar
Soneto do amor em chamas
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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