Soneto do amor em chamas

Queima-me se achares mentira fingida em meu olhar
que te devora feito alma quando passas
jura-me de morte, se não for amor o meu amar
que fica mais forte a qualquer mero gesto que faças

decerto não duvide do fogo no chão
que alastra luz onde antes somente houvera noite
nem do chão a gozar queimando de sua solidão
que não passas nem quando queimas em seu açoite

coíba de mim esse fogo
que se alastra em meu chão tão solitário
pois sou só mais uma peça em um jogo
um amante sozinho é apenas um coringa do baralho

arde sim, não há como negar
o fogo traiçoeiro que se queima ao amar

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte