Não te iludas com teu terno passado
Tens no bolso o recado
O último que te deixei
Pois não posso mais ser passado
E tu só o retrato do homem que amei
Se me fosse honesto, ainda haveria
Quem sabe um dia, retorno meu
Mas se foi não muito mais que de repente
O homem cortês a quem amei.
E se lhe fiz vítima de meus anseios
Sem mais floreios, vinha até mim me contar
Que se cansaste dos meus afagos
E que em outros braços
Agora queres repousar
Mas nem mesmo esse último carinho
E foste mesmo sozinho a boemia do bar
E se perdeu em outras damas
Meretrizes da cama pôs-se a provar
E ofendeu na tua volta, com teu cheiro de outras
O nosso um dia dito lar.
Então adeus você, homem do passado
Que eu na morada do acaso
Hoje eu vou em passos largos por-me a dançar.
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