Se passei tardes e noites com um caderno
riscando folhas com teu nome
na há mais nada de amor nisso
somos todos felizes sozinhos
se passei sonhos inteiros sonhando contigo
e fiz de ti meu segundo eu
nada há mais de verdade nisso
sozinho eu acredito em mim
e transcrevi tuas gírias no meu dicionário
te enfeitei com pérolas aos meus olhos
nada disso é mais amor
nada sobrou do que antes nem sei sede tua parte ja foi
se eu disse tantas coisas
que não me forçaram a dizer
e dentre todas as palavras
todas eram sempre você
o amor se foi
mas seu nome ficou em um cartório qualquer
ou numa carteira de identidade
se o meu tempo se fingiu dobrar
e caber inteiro nos seus olhos
me desculpe
foi ilusão
nada há de amor aqui
somente um coração
Sementes injustas
Postado por
farley ramos
domingo, 27 de março de 2011
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