Não que houvesse noite vinda,
Sem a antecipação dos seus sinais
Não que houvesse noite e pronto
Sem explicações ou mais
És da noite complemento
Dos dramas desleais
És do amor o firmamento
De seus efeitos colaterais
Ponho a questionar-me hoje, "talvez ou jamais?"
E eis que ouço tua resposta "tarde demais"
E quando viro as costas
Tua imagem se vai
Fico eu, fica a noite
Duas metades desiguais
Varro em meio a sala imóvel
O eco dos passos teus
Estirado em um qualquer canto, entre o talvez e o jamais
Vai fazendo mais sentido "tarde demais"
Ressoando em meus ouvidos como a arma dos sinais
O sinal que acredito, ter ouvido tarde demais
Então esfria e a lua chia, sombreadas nuvens por de trás
O relógio marca as horas " tarde demais"
Tão tarde que é quase dia e o dia não se vai
Eu entre o talvez e o jamais e você " tarde demais"
De repente a noite esfria e o calor eu quero mais
Talvez por querer de mais é que seja de fato
Tão " tarde demais"
E eu escuto a casa rangindo no meu ouvido
Que a noite agora é bem capaz
De me engolir enquanto eu vivo
Lamentando ser tarde demais
Dane-se a noite ainda estou vivo
Ela chegou tarde demais
E só agora eu entendo a falta que
Um relógio faz, pra descobrir enquanto há tempo
Que não há tempo pra mais
Antes " adeus, fica bem, até mais "
Que viver duvidando se talvez ou jamais
Mas a noite se foi levando tudo que o dia trás
Você, a noite...O mundo não olha pra trás.
Eu não pude dizer, pois estava cansado.
Postado por
farley ramos
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
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