Se não era pra ser eterno
porque me fez acreditar
que toda a eternidade
cabia no espaço de te olhar
e seu sol em outra galáxia hoje vive
talvez até em outra dimensão
de doce e tão bonito
ficou fraco
amargo e frio
muito pouco...tudo errado
e em que avenida eu viro pra te encontrar de novo?
talvez em um dia ou instante qualquer
na padaria, na loja de conveniência
não quero separar meu corpo da tua essência
se era pra escrever na areia
pra que me pedir caneta e papel
pra registrar em cartório a certidão eterna
água e lama... é o que restou
da quase eterna história de amor
e você ainda pisa no mesmo chão que eu
destinados a viver pra sempre
embaixo do mesmo céu
e o meu telefone quando toca
é outra voz que eu escuto
na janela do meu quarto
minha sombra é teu vulto
e eu só lembrei que era um jogo quando
acabei derrotado
e o prêmio era muito alto
não era pra eu ter jogado
no maior esconderijo
que já não serve de abrigo
nem da proteção
na verdade tudo que é junto se separa
duas alemanhas, duas coréias
tudo se divide, tudo se separa
todos se divertem, todos se acabam
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