Dar pé

Ainda não achei as respostas
Que me fizeram procurar na lona
Quando o beijei o chão disseram que foi por amor
Chamaram de declaração
Mas se o amor é maior que o céu
É bem menor que a convicção
Mudei tuas idéias de lugar
Pra dar lugar a mais de mim na sala
Que eu pintei da minha cor favorita
Pra me lembrar de viver a vida
Do jeito que é pra ser vivida
Do jeito que eu não sei qual é

Então eu procurei as respostas
Que a vida devia ter entregue em minha porta
Sei lá porque, talvez por comodidade
Me perdi na vontade de ver o tempo passar
E na contagem do relógio eu vi a terra rodar
E eu fiquei com o mesmo gosto de desilusão
Vai ver é só a vontade de ser feliz sem saber como
Mas vá...Quem é que pode me ensinar a sonhar?
Sou só um homem com o coração na mão
Entregue a vaga ideia de manter-me louco e são

Na minha sala vejo teu sol meio entreposto na cortina
Que é só o desapego ao qual tentei adequar-me
Vejo teus olhos batendo a minha porta
Que bobagem exitar em abrir
Tu mesmo longe , sabes bem
Sempre esteve aqui
Entre e vamos dividir o café
Ouvir um disco bom
Vem que o mundo é nosso
Vamos nos afogar em lábios
Até deixar de dar pé.

0 comentários:

Postar um comentário

pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte