Descansa coração aplumado
Acostumado com as tais coisas da vida
Inocente caçador de paixões, devorador de choros
Rival da razão, tu que vive em meu peito
No frio se assanha e desanda a procurar carinho
Em braços que depois te maltratam
De repente tu que tanto fez por mim
Me machuca e ponho a declarar-te infiel
Pois hoje o dia pôs-se a por si próprio me dar alegria
Então te retira por um dia
E vive tuas coisas de natural amante
Não que tu seja errante, ou qualquer coisa assim
Só não sei mais se te quero pra mim
E duvido até mesmo se um dia te quis
Ponho a questionar-me das noites que graças a ti
Escrevi em meu quarto, canções que ninguém nunca há de ouvir
Tu que delira de amor por engano, massacra meus planos
E depois te recolhe em choros e prantos
Coração mimado, refém do pecado do amor
Sem queixas te declara culpado, por pura vontade
Mas no fundo não me conheces metade do que eu conheço você
Coração delicado, eterno apaixonado pelo meu sofrer...
Diante dos ossos
Postado por
farley ramos
quinta-feira, 14 de junho de 2012
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