Diante dos ossos

Descansa coração aplumado

Acostumado com as tais coisas da vida

Inocente caçador de paixões, devorador de choros

Rival da razão, tu que vive em meu peito

No frio se assanha e desanda a procurar carinho

Em braços que depois te maltratam

De repente tu que tanto fez por mim

Me machuca e ponho a declarar-te infiel

Pois hoje o dia pôs-se a por si próprio me dar alegria

Então te retira por um dia

E vive tuas coisas de natural amante

Não que tu seja errante, ou qualquer coisa assim

Só não sei mais se te quero pra mim

E duvido até mesmo se um dia te quis

Ponho a questionar-me das noites que graças a ti

Escrevi em meu quarto, canções que ninguém nunca há de ouvir

Tu que delira de amor por engano, massacra meus planos

E depois te recolhe em choros e prantos

Coração mimado, refém do pecado do amor

Sem queixas te declara culpado, por pura vontade

Mas no fundo não me conheces metade do que eu conheço você

Coração delicado, eterno apaixonado pelo meu sofrer...

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte