Enquanto insinuas com tuas ondas brandas
Promessas surgidas de palavras tantas
Que põem a formar um poema qualquer
E eu me perco nas ondas a procura de casa
Abrigo do mundo, profundo lar de contemplações
De repente eu me vejo perdido
Buscando um porto em águas profundas
Sou só eu contra o mundo
E pra mim já basta nadar contra a maré
Que é pra parar no lugar
Quem é que liga pro fluxo
Quando é tudo fruto da exatidão, eu quero é complicar !
Me deixa fluir,que eu só quero brincar de ser rei
Por minutos fingir que eu sei, exatamente o que eu sou
Me deixa mentir, dizer que tudo é igual no plural
Você e eu afinal, vamos um dia ser só nós
E então, água e sal em teus lábios,
Os sete mares na tua língua,
E então pouso no repouso,
Tal qual mariposa pousa no ar
E para como quem paira no tempo
Que é pra eternizar o momento
Em que nadei contra a correntes
Dos choros dos descontentes com o amor
Mas quem voa mesmo que depois caia
Desconhece o sabor de morrer na praia
Fluxos descontínuos de um coração que rema manso
Postado por
farley ramos
sábado, 30 de junho de 2012
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