se despedaçam entre as linhas de minhas maos pedaços de sangue unido por uma corda
se entrelaçam em meus dedos pedaços de corda formando um nó
se despedaçam em minhas maos enquanto queimam a amazonia
um corpo com insonia
feito um monstro canibal que destroi sua propria especie
um festival bizarro que desde sempre acontece... mas ninguem enxerga
enquanto houver fogo ha fumaça que destroi queima e mata
por entre os meus dedos escorre o suor de tanto tentar ser livre
e me prender na liberdade
por entre minhas maos escapa uma vida
minha carne acusa o golpe solitario
de mais um ninguem perdido entre as cores
esse arco iris chamado humanidade
vejo na gota de suor o sangue de meus antepassados
que ja estao ultrapassados e de nada adiantou seu sofrer
vejo em meu sangue as marcas de quem ja cansou de lutar e entao preferiiu viver
vejo em meus sonhos um sonho, de mudar de mao essa corda e desatar esse nó
vejo uma estrela cadente etoando a cançao em acorde de mi maior
sinto meu corpo tremer como tremeu o mundo com o disparo da bomba atomica
vejo a humanidade dar voltas e vejo a diferença anacronica
me perco em meu sangue exilado em um pensamento gelado de só querer ser voce
me sinto um preso construindo a masmorra
pois tentar é lutar a toa
é como fazer um castelo de areia em sodoma e gomorra
é como tapar o sol com a peneira
de nós só restou poeira
sou eu contra mim e nós contra todos
somos sabios eremitas tolos
ergamos e mao e cantemos a deus
pra proteger os filhos seus
deles mesmos que se matam em tronca de sangue
que atiram e trocam vidas por diamantes
por que tentar é lutar a toa
é como um preso construindo a masmorra
um castelo de areia em sodoma e gomorra
cansei soltei a corda com nó e tudo
nao da pra aguentar o peso do muro
deus saúde nosso presidente
deus saúde nossos representantes
deus saúde a gente
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