Timidamente os guardanapos nos teus lábios
São retratos da infelicidade em mim
Eles te atiçam, como queria eu atiçar-te
E o toque deles parece não ter fim
Como fim teve o fim de nós dois
Dois monstros, feras insaciáveis separados por nós mesmos
Então me ponho a perguntar se tal como os guardanapos
Não teria eu fim em mais uma refeição juntos?
Ou seríamos somente fantasmas, ou seríamos somente nós dois?
E o que há de ser um sonho senão uma realidade escondida?
E o que é o real senão um sonho vivido lentamente
Até abstrair-se em vontade e ressentimento
Não, não há som nem razão nas estrelas
Não há razão em querer-te, não há razão em mais nada
Mas há um lado bom em tudo isso...
Sonhar que existe um lado bom...
Se não existir....Adeus...
Lembre-se de bater quando voltar, se voltar
Eu prometo não estar muito ocupado e te receber de braços abertos
Se esses ainda quiserem se abrir
Guardei o guardanapo que tocou seus lábios
E é dele a última recordação que tenho de ti...
Liberdade....
Postado por
farley ramos
domingo, 13 de maio de 2012
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