Desconheço

Pra dizer a verdade eu não entendo nada do amor
Não consigo gostar do que dói
Nem odiar a sensação de acordar numa quarta
Com o clima chuvoso, com as nuvens escuras
E manter um sorriso na cara
Onde qualquer pessoa que mal me conhece
Podia ler seu nome escrito nos traços do meu rosto.

Como entender o que machuca por opção
E não deixa opção de se sair do jogo
Como um menu mal feito de um jogo sem vencedores
Ou pelo menos em que não se vence sozinho.
É uma curva estreita, um passo arrojado
Uma cama bem feita, dois corpos deitados
É um disco bom ou um livro chato
Uma refeição, sorrisos no quarto

Pra longe os intelectuais do sentimento
Aqueles que teorizam seus olhos
E fazem comparações com safiras e esmeraldas
Que não entendem a dor da falta
Nem conseguem captar a beleza do seu queixo
Pra longe quem diz que entende o amor
Que sabe das coisas que ninguém ousa saber
O amor é uma guerra, santa, morna, fria, quente
Que em honra a você eu não ouso vencer.

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte