E são nesses dias pluviosos que triste e partido
me liberto das brasas dessa falsa realidade
que sem abrigo me abandonas triste, decaído
pra conservar em meu peito a verdade
e são essas sombras antes luz de olhos abertos
que me dedico a moldar-te em óleo e tela
e sem abrir os olhos me arrisco a vê-la
pois imaginar-te é passatempo predileto
e a chuva, monções de ódio e emoções partidas
vem aliviar esse arder imenso
que é ver contigo partir a minha vida
pois foi quase verdade sem se restringir
e a me perguntar fiquei aqui
refém deste amor que finge existir
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