A maré

Amar é quando o sol se abaixa ser guiado pelo faroleiro
Cegamente se deixar guiar pelas ondas, em nome da crença em duas metades
Ouvir o canto das sereias e por encanto quase se deixar levar
Torcer pelo dia de avistar tal alma gêmea e então quase por mágica
Esquecer das palavras , de suas causas e consequências
É ver permanecer ausente a necessidade que se faz presente
É por medo de perder se perder por direito
E por decreto do amor ser escravo
Ver os ventos guiarem o destino antes livre
Que se atrela em outras liberdades pra então se prender
É cansar de ganhar sem parar de tentar vencer
Mas se entregar antes de padecer
É ao ciclo da lua encontrar teu olhar
E mergulhar no rio fundo quando não mais da pé
É correr os riscos do destino e estar sempre a deriva da maré

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pequena descriçao do blog

a arte com palavras tem que ser intensa, mas ao mesmo tempo sádica, mentirosa mas sagaz, gosto de ter as palavras sobre controle e brincar com las, quanto menos tempo eu gastar compondo um poema, melhor pois soa espontâneo, isso é arte
isso é minha arte