Quando te aspiro, respiro o ar que de ti vem
Pois me convém por dor a necessidade de ter-te em mim
mesmo que de ti em mim habite só a poeira
a lembrança de um sabor amargo
que tortura um coração pulsante
e o gosto da tua urgência
demonstrado num sorriso
Habita em quaisquer de mim
no lado do paraíso
pois quando me paro e reparo
nas horas que passam sem cessar
te vejo por entre os relógios
és o meu tempo a fazer as coisas tais que o tempo faz
envelhecer-me é teu passatempo
e tal qual o tempo me alegra as vezes
e se for por sofrimento em ti também há momento
em que por ventura, sem motivo ponho-me a odiar-te
é que esse é o preço do apresso
amar tal qual amor, odiar como obra de arte
mas reparo nos teus cabelos a força do desejo em ti presente
é que quanto mais longe ficas, mais a saudade faz-te presente
Vitrais
Postado por
farley ramos
quarta-feira, 18 de abril de 2012
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